“Contenham esse avanço... Façam qualquer coisa, por menor que seja... Mantenham aberta ainda que seja uma só porta dentre cem, pois conquanto que tenhamos pelo menos uma porta aberta, não estaremos numa prisão.”
(G.K.C)

sábado, 9 de outubro de 2010

Mário Ferreira dos Santos


Olavo de Carvalho

Quando tudo o que hoje se escreve no Brasil tiver se desfeito em farrapos, quando até mesmo os melhores tiverem se tornado apenas verbetes de uma enciclopédia jamais consultada, as palavras de um pensador brasileiro ainda estarão vivas para mostrar, sobre as ruínas dos tempos, a perenidade do espírito humano.

Ninguém neste país ergueu mais alto o estandarte da inteligência nem levou o pensamento de língua portuguesa mais perto de uma universalidade supratemporal do que o filósofo paulista Mário Ferreira dos Santos (1903-1968).

Cultuado e respeitado, temido e odiado em vida, Mário tornou-se, uma vez morto, objeto de uma conspiração de silêncios destinada a abafar o mais paradoxal dos escândalos: este país sem cultura filosófica deu ao mundo um dos maiores filósofos do século, talvez de muitos séculos.

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