“Contenham esse avanço... Façam qualquer coisa, por menor que seja... Mantenham aberta ainda que seja uma só porta dentre cem, pois conquanto que tenhamos pelo menos uma porta aberta, não estaremos numa prisão.” (G.K.C)
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
O Revolucionário Moderno
domingo, 9 de outubro de 2011
Bem-vindo à corporação.
Ver também "Os policiais filósofos".
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
A educação e a sensibilidade
domingo, 18 de setembro de 2011
Chesterton vs Nietzsche
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
O melhor de todos os mundos impossíveis
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Meu lar, meu castelo
Mera espiritualidade
sábado, 20 de agosto de 2011
Fé e Razão
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
A história da pré-história
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Diálogo: O mais forte adversário *
- Mas como marchar contra um adversário que você ama? Como atirar uma lança contra o coração do outro, quando o golpe devasta também o seu próprio coração?!
* Passou-me pela cabeça. O primeiro parágrafo é de Cervantes. O segundo não sei de onde vem.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
O tiro que sai pela culatra
Há homens que destroem a si mesmos e destroem a própria civilização se também puderem destruir essa fantástica história [a história do cristianismo].
Esse é o fato supremo e mais aterrador envolvendo a fé: que seus inimigos usarão qualquer arma contra ela, as espadas que cortam os próprios dedos e as lenhas que queimam as próprias casas. Homens que começam a combater a Igreja em benefício da liberdade e da humanidade terminam jogando fora a liberdade e a humanidade só para poderem com isso combater a Igreja. Não é exagero. Eu poderia encher um livro com exemplos disso.
O sr. Blatchford iniciou, como um demolidor bíblico comum, querendo provar que Adão não teve culpa em seu pecado contra Deus; manobrando para defender essa ideia, ele admitiu, como mera questão secundária, que todos os tiranos, de Nero ao rei Leopoldo, não tiveram culpa em nenhum de seus pecados contra a humanidade.
Conheço um homem que tem tal paixão por provar que ele não terá uma existência pessoal depois da morte que recorre à tese de que ele não tem uma existência pessoal agora. Invoca o budismo e diz que todas as almas desaparecem uma na outra. Para provar que não pode ir para o céu ele prova que não pode ir para a cidade de Hartle-pool.
Conheci pessoas que protestavam contra a educação religiosa com argumentos contra qualquer tipo de educação, dizendo que a mente da criança deve crescer livre ou que os mais velhos não devem ensinar aos jovens.
Conheci pessoas que demonstraram que não poderia existir nenhum julgamento divino mostrando que não pode haver nenhum julgamento humano, nem mesmo em prol de objetivos práticos. Elas queimaram o próprio trigo para atear fogo à Igreja; destruíram as próprias ferramentas para destruí-la; qualquer pedaço de pau era bom para bater nela, mesmo que fosse o último pedaço de sua mobília desmantelada.
Não admiramos, mal desculpamos o fanático que destroça este mundo pelo amor do outro. Mas que devemos dizer do fanático que destroça este mundo por causa do ódio pelo outro? Ele sacrifica a própria existência da humanidade à não-existência de Deus. Oferece suas vítimas não para o altar, mas simplesmente para afirmar a inutilidade do altar e o vazio do trono. Ele está disposto a destruir até mesmo aquela ética primária pela qual todas as coisas vivem, em prol de sua estranha e eterna vingança contra alguém que jamais sequer viveu. E, no entanto, a coisa pende dos céus, incólume. Seus opositores só conseguem destruir tudo aquilo a que eles mesmos com justiça dão valor. Não destroem a ortodoxia; destroem apenas o sentido comum e político de coragem. Não provam que Adão não foi responsável perante Deus; como poderiam fazê-lo? Provam apenas (a partir de suas premissas) que o czar não é responsável perante a Rússia. Não provam que Adão não deveria ter sido punido por Deus; provam apenas que o patrão explorador mais próximo não deveria ser punido pelos homens. Com suas dúvidas orientais sobre a personalidade, não nos dão certeza de que não teremos uma vida pessoal depois da morte; apenas nos dão certeza de que não teremos uma vida muito divertida ou completa aqui.
Não é apenas verdade que a fé é a mãe de todas as energias deste mundo, mas é também verdade que os inimigos dela são os pais de toda a confusão do mundo. Os secularistas não destruíram coisas divinas; destruíram coisas seculares, se isso servir de algum conforto para eles. Os Titãs não escalaram o céu; mas devastaram o mundo.
Fui criado para um outro mundo
O Peso de Glória
"Se descubro em mim um desejo que nenhuma experiência deste mundo pode satisfazer, a explicação mais provável é que fui criado para um outro mundo." (CSL)
Quase toda a educação procura silenciar essa voz tímida e persistente dentro de nós: quase todas as filosofias dos nossos tempos foram elaboradas para convencer-nos de que o bem do homem encontra-se nesta terra. Contudo, é curioso como certas filosofias de progresso ou evolução criativa acabem por atestar, relutantemente, que o nosso verdadeiro alvo esteja em outro lugar.
Note a maneira como pretendem convencê-lo de que a terra é seu lar. Começam tentando persuadi-lo de que a terra pode transformar-se em céu, driblando assim a nossa sensação de exílio. Depois dizem que esse feliz acontecimento situa-se num futuro ainda muito distante, driblando assim o nosso conhecimento de que nossa pátria não está presente, aqui e agora. Finalmente, para que o nosso anseio por alguma coisa transtemporal não nos acorde, estragando tudo, valem-se da retórica à disposição, para conservar bem distante da nossa mente o pensamento de que, ainda que a felicidade que nos prometem pudesse ser uma realidade na terra, cada geração, inclusive a última de todas, a perderia na morte, e toda sua história seria nada, deixaria até de ser história, para todo o sempre. Assim, justifica-se todo o absurdo que Shaw põe no discurso final de Lilith, bem como a teoria de Bergman, afirmando que o élan vital é capaz de superar todos os obstáculos, talvez até a morte — como se pudéssemos crer que qualquer desenvolvimento social ou biológico em nosso planeta pudesse protelar a senilidade do sol ou anular a segunda lei da termodinâmica.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
A antiguidade da civilização
Que a mais bela mulher do mundo tenha habitado essa aldeia pode parecer lendário. Que o mais formoso poema do mundo fosse inventado por um homem, que não vira mais que essa aldeia, é um fato histórico. Assegura-se, em verdade, que a obra pertence ao período em que a cultura estava em seu ocaso. Se assim é, eu pergunto: que produziria, então, em seu apogeu?
Ler o texto completo em Chestertonbrasil.org
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Igualdade
"Se eu vejo, creio!"
Parta do princípio que sua vítima já se acostumou desde criança a ter uma dúzia de filosofias diferentes dançando em sua cabeça. Ele não usa o critério de "VERDADEIRO" ou "FALSO" para conferir cada doutrina que lhe apareça (seja do Inimigo ou nossa). Ao invés disso, ele verifica se a doutrina é "Acadêmica" ou "Prática", "Antiquada" ou "Atual", " Aceitável" ou "Cruel". O jargão e a expressão feita (e não o argumento lógico) são seus melhores aliados para mantê-lo longe do Inimigo. Não perca tempo tentando levá-lo a concluir que o Materialismo seja verdadeiro (sabemos que não é). Faça-o pensar que ele é Forte, Violento ou Corajoso - ou ainda, que é a Filosofia do Futuro! Este é o tipo de coisas que lhe despertarão a atenção.
Percebo que você tem intenções produtivas, mas há um problema muito grande quando tentamos persuadir o paciente a passar para nosso lado pelo emprego de argumentos e lógica: isto conduz toda a luta para o campo do Inimigo, que para azar nosso também sabe argumentar (e melhor do que nós). Por outro lado, no que diz respeito à propaganda prática (ainda que falsa) que lhe sugeri, Ele tem se mostrado por séculos bem inferior ao Nosso Pai lá de Baixo. Pela pura argumentação, você despertará o raciocínio do paciente; uma vez que a razão dele desperte, quem poderia prever o resultado? Veja que perigo! Mesmo que uma cadeia de raciocínio lógico possa ser torcida de modo a nos favorecer, isso tende a acostumar o paciente ao hábito fatal de questionar as coisas, analisando as mesmas com visão geral, e desviando-se das experiências ditas "concretas", que na verdade são apenas experiências sensíveis e imediatas.
Sua maior ocupação deve ser portanto a de prender a atenção da vítima de modo a jamais se libertar da corrente do "Se eu vejo, creio!". Ensine-o chamar esta corrente "Vida Real", e jamais deixe-o perguntar a si próprio o que significa "Real".