“Contenham esse avanço... Façam qualquer coisa, por menor que seja... Mantenham aberta ainda que seja uma só porta dentre cem, pois conquanto que tenhamos pelo menos uma porta aberta, não estaremos numa prisão.”
(G.K.C)

domingo, 27 de junho de 2010

O ego mental

Dostoievski

O homem é a tal ponto afeiçoado ao seu sistema e à dedução abstrata que está pronto a deturpar intencionalmente a verdade, a descrer de seus olhos e seus ouvidos apenas para justificar a sua lógica.

Voltando-se para o futuro



Chesterton

A mente moderna é voltada para o futuro por uma certa sensação de cansaço, não sem uma mistura de terror, com a qual contempla o passado... E o estímulo que a impulsiona tão avidamente, não é o amor pelo futuro. Pelo contrário, é o medo do passado. Medo não somente dos males do passado, mas também das virtudes do passado. A mente moderna não agüenta as insuportáveis virtudes da humanidade. No passado, houve tanta fé ardente que não podemos suportar, tantos heróis vigorosos que não podemos imitar, tantos grandes esforços, obras monumentais ou glórias militares que ao mesmo tempo nos parece sublimes e patéticas. O futuro é nosso refúgio diante da feroz competência dos nossos antepassados.

... Os homens inventam novos ideais porque não se atrevem com os antigos ideiais. Olham para frente com entusiasmo, porque têm medo de olhar para trás...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Lançamento: Como Ler um Livro

A editora É Realizações lançará neste dia 25 de junho a grande obra Como Ler um Livro, de Mortimer Adler e Charles Van Doren, da qual eu me gabava de ter dois exemplares, um de 1974 (com o título de "A Arte de Ler") e outro de uma pequena tiragem em 2000. (Parece-me que há uma conspiração para derrubar minha coleção de livros raros.)

Há algum tempo fiz uma crítica a respeito desta obra e do autor, podem ler aqui.

Clique na imagem abaixo e depois aumente com outro clique com a lupa.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Lançamento: O Homem Eterno


A editora Mundo Cristão lançou neste mês de junho uma das grande obras de Chesterton chamada "O Homem Eterno", da qual eu me gabava de ter três exemplares da única (até então) e raríssima edição em português de 1934.

O livro é um esboço da história da humanidade contada de uma forma fascinante, com o bom-senso incomparável de Chesterton. Toda a história ali apresentada ronda sobre dois pontos, como ele mesmo diz no prefácio: a criatura chamada homem e o homem chamado Cristo.

Chesterton trata com elegância, bom-humor e esmagadora sensatez assuntos que vão desde o homem das carvernas até os tempos modernos. Nesta obra, você encontrará capítulos sobre mitologia, teoria da evolução, ciência, fé, religiões, etc., sempre num desenvolvimento que é como o desenrolar dos tempos.

Como dizia C. S. Lewis, elencando suas leituras, Chesterton "... era mais sensato que todos os outros modernos juntos...". Foi o que eu também pude comprovar ao conhecer as obras deste grande escritor. Há quem diga, como eu, que "O Homem Eterno" é sua obra-prima. É leitura obrigatória para todos!

Pra quem não conhece o autor, leiam aqui!


Um fato que me surpreendeu foi a criatividade da capa desta edição. Notem os dois ós formando o símbolo do infinito. Fantástico!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Fanatismo moderno

Chesterton

Vejo com certa diversão, tanto na literatura Americana, quanto na Inglesa, o surgimento de um novo tipo de fanatismo. Este, não consiste em um homem estar convencido de que está certo; isso não é fanatismo, senão sanidade. O fanatismo consiste em um homem convencer-se de que outro deve estar errado em tudo, pelo fato de estar errado em alguma coisa; que ele está errado até em dizer que pensa com sinceridade que está certo.

Ver também: Fanatismo