“Contenham esse avanço... Façam qualquer coisa, por menor que seja... Mantenham aberta ainda que seja uma só porta dentre cem, pois conquanto que tenhamos pelo menos uma porta aberta, não estaremos numa prisão.”
(G.K.C)

sábado, 27 de dezembro de 2008

Minha biblioteca

Nos próximos dias passarei pelo grande desafio de catalogar meus livros. Cadastrarei, um a um, em um programa no meu computador.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Eros



Dou naturalmente o nome de Eros àquele estado que chamamos de “estar amando”.
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Quando Eros está em nós essa é uma de suas marcas: preferimos ser infelizes com o ente amado a ser felizes em quaisquer outros termos.
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Eros jamais hesita em dizer: “Antes isto do que a separação. Melhor ser miserável com ela do que feliz sem ela. Deixe que nossos corações se partam, desde que se partam juntos”.
C.S. Lewis

A vida como um jogo de xadrez



Estou querendo levar a vida como um jogo de xadrez, no qual as regras principais não são abertas à discussão. Ninguém pergunta por que é permitido ao cavalo fazer seu movimento excêntrico, por que a torre só pode andar em linha reta e o bispo obliquamente. Estas coisas devem ser aceitas e o jogo deve ser jogado com estas regras: é tolice reclamar delas.
W. Somerset Maugham

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A linguagem poética

Esse é um dos poderes mais notáveis da linguagem poética: comunicar-nos a qualidade de experiências que não tivemos e que talvez jamais tenhamos; utilizar fatores que envolvem nossa experiência de modo que se tornem indicadores de algo externo a ela...

C.S. Lewis

Testando nosso entendimento

Cheguei à clonclusão de que, se não for possível traduzir os nossos pensamentos em linguagem não técnica, isso significa que eles são confusos. A possibilidade de traduzi-los é o teste por meio do qual saberemos se fomos capazes de entender o significado daquilo que dissemos.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A validade da razão

Alguns filósofos tentaram (e muitos ainda hoje tentam) nos convencer de que o conhecimento nunca é racional, e por isso, nunca conhecemos nada. Mas se há dúvida em relação a tudo, deve-se duvidar do valor do argumento utilizado para chegar a essa conclusão. É uma teoria que destrói as próprias credenciais. É como serrar o galho em que se está sentado. Lewis observou isso dizendo que “tratar-se-ia de um argumento provando que argumento algum é sólido, uma prova de que não existem provas, o que é uma tolice”.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Integridade

Não existe maior prova de cavalheirismo e integridade de um homem do que como ele se comporta quando está equivocado.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Sobre a felicidade

Por Agnon Fabiano

Um mesmo evento ou situação externa não afeta duas pessoas da mesma maneira. O mundo se molda pela maneira que o vemos. Para uns, esse mundo é triste e tenebroso. Para outros é empolgante e alegre. Desta forma, nossa felicidade depende menos da situação externa, do que do modo como encaramos as situações, isto é, o mais importante é a atitude mental com a qual tratamos os eventos que nos afetam.

Um evento, dependendo da visão de cada pessoa, pode diferir de tal maneira que nem parecerá que essas pessoas foram afetadas pelo mesmo evento. Desta forma, os melhores prazeres do mundo experimentados por um tolo, são estéreis, se comparados, por exemplo, com os sentimentos de prazer que Miguel de Cervantes experimentou, numa sela miserável, escrevendo “D. Quixote” ou de John Bunyan ao escrever “O Peregrino”.

Nossa felicidade dependerá muito mais daquilo que “somos” do que daquilo que temos ou experimentamos. Sócrates, ao ver artigos luxuosos à venda, exclamou: “Quanto existe no mundo que eu não quero!”

Schopenhauer, acertadamente, disse que a riqueza pouco pode fazer por nossa felicidade e muitas pessoas ricas são infelizes. Aquilo que um homem tem dentro de si mesmo é o elemento principal para sua felicidade. Daí o “segredo” dos cristãos. A felicidade e a consolação de que os verdadeiros cristão são exemplos têm um motivo: uma maneira peculiar de ver o mundo está no interior deles.

O apóstolo Paulo nos relata o seguinte:


Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez (2Co 11:23-27).

Paulo nos revela que visão de mundo ele tinha em seu interior:


Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? (1Co 3:16).

Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente (1Co 2:11-14).

Esse modo de ver o mundo, isto é, através do Espírito de Deus, é que o permitiu suportar todas as angústias e, apesar de tudo, poder declarar de forma imponente: “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Rm 8:38-39).

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Distorção

Buscar a ausência de dor, e não a presença do prazer, foi um dos grandes erros causados pela distorção dos nossos objetivos.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Até uma criança sabe...

Por Agnon Fabiano

Fico surpreso com o que todas as crianças sabem. Por exemplo, estava conversando com um amigo sobre a teoria da evolução. Eu estava falando das incoerências da teoria, quando, de repente, um rapaz que ouvia nossa conversa interviu e começou a defendê-la. A certa altura da discussão, ele falou:
Qualquer criança sabe que a seleção natural atuando sobre o conjunto de variações ancestralmente existentes, pode desenvolver mudanças significativas. Por exemplo, o olho evoluiu mais de 40 vezes, em nove designs diferentes.

Relmente, para as crianças, esse deve ser o principal tema das conversas enquanto soltam pipa.

É comum as pessoas quererem obter anuência de suas afirmações declarando solenemente que "até uma criança sabe" que o que elas estão dizendo é verdade. O efeito é instantâneo, pois os que ouvem, não querendo se mostrarem ignorantes àquilo que "até uma criança sabe", silenciam suas dúvidas ou questionamentos. Concordam, não por convicção, mas por vergonha e receio.

Portanto, nunca se envolva numa controvésia sem levar algumas crianças consigo.

Falsa certeza

Pior que o simples desconhecimento é a ignorância potenciada de uma falsa certeza — o acreditar convicto de quem está seguro de que sabe o que desconhece.

Eduardo Giannetti

Saudade

[....] a saudade é o revés de um parto
a saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu.

Chico Buarque