“Contenham esse avanço... Façam qualquer coisa, por menor que seja... Mantenham aberta ainda que seja uma só porta dentre cem, pois conquanto que tenhamos pelo menos uma porta aberta, não estaremos numa prisão.”
(G.K.C)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Chesterton é inconfundível

Agnon Fabiano

Estava lendo um trecho de um dos livros de Chesterton que o próprio título já é um paradoxo, chama-se "Enormes Minúncias" (livro em espanhol). E logo no primeiro parágrafo, um paradoxo após outro:

"Não direi que esta história é verdadeira - porque, como se irá comprovar, toda ela é verdade e nada tem de história. Não tem nem explicação, nem conclusão; é, à semelhança das maioria das coisas que encontramos ao longo da vida, um fragmento daquilo que seria intensamente excitante, se não fosse demasiado grande para ser visto. É que a perplexidade da vida resulta de nela existirem demasiadas coisas interessantes para que nos possamos interessar apropriadamente por qualquer uma delas."

Além de todo aprendizado, além de todo bom-senso (como disse C. S. Lewis, Chesterton é o mais sensato de todos!), além de toda beleza literária e das idéias, divirto-me ao ler Chesterton. O Príncipe dos Paradoxos literalmente me ensina e me diverte com suas "tiradas" geniais, com seus pensamentos e com seus insights. Os trocadilhos paradoxais são estonteantes. Seu estilo é inconfundível.


8 comentários:

Anônimo disse...

Sempre tive vontade de postar um comentário aqui, mas todas às vezes em que visitei o blog( não foram poucas)me faltou disposição. Sou uma tremenda preguiçosa. Na verdade acho que nós todos nos encontramos do mesmo modo. Cheios de preguiça. Não creio que aconteceram grandes mudanças ao decorrer dos tempos debaixo do céu, porém, não é possível negar que nossa sociedade se tornou mais cômoda. Hoje, estou inspirada, interessada em te elogiar, e, por isso, me esqueci da preguiça. Aproveito para dizer que foi uma verdadeira alegria quando me apresentaram seu blog. Adorei assim que li as primeiras postagens. Parabéns pela sua formação intelectual! Estou sempre acompanhando e esperando por "novidades"!

juliana kramer disse...

Muito obrigado pelas palavras. Fico feliz em saber que você se interessou pelo conteúdo deste blog. O tempo está me impedindo de postar mais e mais, porém vou tentar vencer essa dificuldade.

Ronni Anderson disse...

De que outro modo teria conhecido Chesterton? Sinceramente, não vejo como. Hj, sou eu quem o recomenda, mas por influência sua, Agnon.
Aprecio demais tudo o que vc posta.
Obrigado pelo blog!

juliana kramer disse...

Obrigado, Ronni. Fico satisfeito em saber disso.
Abraço, meu caro.

Pedro Felipe disse...

Meu caro,

Creio que, se possível, deveria incluir dentre esses dois um homem que está sendo "esquecido", não pela sombra de chesterton e Lewis, mas por outros motivos óbvios que estou ainda estudando, que poderei dizer-lhe depois. Concluindo acredito que deveria começar, se já não estuda, a ler J.R.R. Tolkien. Ele foi um grande exemplo, também, pelas suas idéias, para Lewins e influenciado,por Chesterton. Acredito que seria muito bom começar, se não já começou ou leu, as cartas de Tolkien. Verá grande riqueza e mais ou menos um encaixe com os escritos de Lewis e chesterton. Não é uma crítica, mas um conselho e proposta! Obrigado!

juliana kramer disse...

Pedro, obrigado pela visita e pelo conselho. Vou te contar o que acontece em relação ao Tolkien: eu já li mais de vinte livros de Lewis e mais de vinte livros do Chesterton. Posso dizer que tenho uma noção da personalidade e das idéias desses homens. Daí minha audácia de um blog onde o destaque são esses dois gigantes. Não me sinto seguro em falar do Tolkien, porque não sei se estarei dizendo o que realmente ele pensava. Li menos de dez livros dele, onde cinco são de literatura fantástica.

Tolkien é um grande autor e que vale a pena ser estudado, mas infelizmente não aconteceu comigo. Pretendo sim lê-lo mais e aceito qualquer orientação de quem domine melhor o autor.

Dostoievski seria uma outra opção e, sinceramente, para mim ele estaria antes do Tolkien, pois já li bastante sobre Dostoievski.

A questão do "sumiço" do Tolkien no leior brasileiro (desconsiderando a literatura fantástica), não é só uma preocupação sua. Eu mesmo aprendi a gostar do Tolkien, só pelo fato da ligação dele com o Lewis. Até pensei e disse a mim mesmo que adoraria alargar meu blog e poder falar não só da dupla que hoje falo, mas sim a respeito do quarteto fantástico: Chesterton, Lewis, Tolkien e Dostoiévki.

Sinta-se à vontade.

Um abraço

Pedro Felipe disse...

Caro Agnon,

Encontrei um texto muito interessante sobre a amizade de Tolkien e Lewis. Volte mandar o link, peço que leia. Parabéns pelo blog e pelo esforço. Eis aí o link: http://nuec.blogspot.com/search/label/TOLKIEN

Fique com Deus!

juliana kramer disse...

Muito bom, Felipe. Obrigado!
Sobre a amizade de Tolkien e Lewis, também é muito instigante o livro "Tolkien e C. S. Lewis: o Dom da Amizade".

Abraço.