
Todos os psicólogos têm em comum a mesma receita para a felicidade humana: uma relação proporcional entre nossos desejos e nossas capacidades. “Quanto mais imaginarmos nosso sucesso, mais capaz tornamo-nos para alcançá-los”, dizem eles. Porém, a melhor maneira de amar algo é dar-se conta de que podemos perdê-lo. Ao contrário da obsessiva auto-afirmação que constitui a receita dos psicólogos e à crença moderna, esta máxima conduz à humildade como fonte de plenitude pessoal. O homem pode imaginar êxitos quase ilimitados, porém só quando descobre e aceita os limites de sua condição é que poderá ter satisfação na vida. Querer abarcar tudo e ser tudo, só trás frustração. A imaginação é o fermento da inteligência, mas manipulá-la para o auto-engano de que nossa força mental pode fazer com que o mundo se adapte aos nossos desejos não é saudável. Parafraseando Chesterton, se você quer ter felicidade ilimitada, ponha limites a ela, ainda que por um só momento. Quer perceber o quão magnífico é poder enxergar as coisas, feche os olhos.
Um comentário:
Esse texto é de sua autoria? Adorei... Como disse o Pe. Fabio de Melo, em uma palestra, "tudo que nos acostumamos na vida corre o risco de perder o valor". Quando estamos acostumados a ter algo tendemos a não valorizar o que temos porque a possibilidade de perda nos parece muito remota. Essa é uma dura realidade. Eu que o diga...rsrsrs. Beijo.
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