“Contenham esse avanço... Façam qualquer coisa, por menor que seja... Mantenham aberta ainda que seja uma só porta dentre cem, pois conquanto que tenhamos pelo menos uma porta aberta, não estaremos numa prisão.”
(G.K.C)

sábado, 9 de outubro de 2010

A decadência da cultura brasileira

Olavo de Carvalho

Na década de 50, tínhamos, vivos e atuantes, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Àlvaro Lins, Augusto Meyer, Otto Maria Carpeaux, Mário Ferreira dos Santos, Vicente Ferreira da Silva, Herberto Sales, Cornélio Penna, Gustavo Corção, Nelson Rodrigues, Lúcio Cardoso, Heitor Villa-Lobos, Augusto Frederico Schmidt, a lista não acaba mais. Hoje, quem representa na mídia a imagem da “cultura brasileira”? Paulo Coelho, Luís Fernando Veríssimo, Gilberto Gil, Arnaldo Jabor, Emir Sader, Frei Betto e Leonardo Boff. Perto desses, Chomsky é Aristóteles. É o grau mais alto pelo qual se medem. Chamar isso de crise, ou mesmo de decadência, é de um otimismo delirante. A cultura brasileira tornou-se a caricatura de uma palhaçada. É uma coisa oca, besta, disforme, doente, incalculavemente irrisória.

A inteligência, ao contrário do dinheiro ou da saúde, tem esta peculiaridade: quanto mais você a perde, menos dá pela falta dela. O homem inteligente, afeito a estudos pesados, logo acha que emburreceu quando, cansado, nervoso ou mal dormido, sente dificuldade em compreender algo. Aquele que nunca entendeu grande coisa se acha perfeitamente normal quando entende menos ainda, pois esqueceu o pouco que entendia e já não tem como comparar.

8 comentários:

Jéssica disse...

Olá Agnon, conheci seu blog por acaso e desde então não deixo de visitá-lo. Pena não tê-lo conhecido antes...
Estou arrumando tempo para visualizar todas as postagens, desde as mais antigas!
Prazer em conhecer.
Quanto à decadência da cultura brasileira, de fato parece que estamos no período da Idade das Trevas, no entanto com a ousadia de declararmo-nos esclarecidos!
BRILHANTE! Essa é a palavra que resume sua página na internet.

juliana kramer disse...

Obrigado, Jéssica. Como você falou em Idade das Trevas, aproveito pra te deixar o link de uma outra postagem que contesta essa qualidade que deram à Idade Média, clique aqui.

Também, relativo ao declínio da cultura, segue outras postagens, apesar de haver várias outras:

O engano dos best-sellers.

A revolução dos idiotas.

O declínio da leitura.

A estupidez moderna.

Fique à vontade...

Abraço.

Jéssica disse...

Depois de ler esse post passei a questionar-me de onde teria surgido a ideia de que a Idade Média de fato teria sido a "Idade das Trevas". Não fui eu quem construi isso. Isso foi um conceito que me foi dado e que eu simplesmente aceitei, sem nem ter ao menos me questionado se relamente não tinha sido feito nada de válido nesse período.
Quanto aos outros posts, todos geniais! Não se canse. Não estou puxando seu saco. kkkkk, mas é que nunca tinha conhecido um blog que abordasse de maneira tão perspicaz a modernidade sem, no entanto, ferir nossa base cristã!
Parabéns mais uma vez!

juliana kramer disse...

Depois eu postarei outro texto em defesa da idade média. É interessante como tudo isso se deu, como desenvolveram essa idéia do "anos de escuridão".

Abraço.

Anônimo disse...

OLá Agnon,
Descobri seu blog por acaso e estou completamente encantada! Seu trabalho é maravilhoso e os trechos que você usa e nos presenteia são incríveis!
Parabéns pelo trabalho. Vou acompanhá-lo sempre a partir de hoje. Sucesso...
Simone

Anônimo disse...

Sou formada em História e tinha muitos preconceitos em relação à Idade Média. Fiquei interessada no texto sobre o qual vc comentou...
Abraços,
Simone

juliana kramer disse...

Obrigado Simone, fique à vontade. pena que ultimamente não estou tendo muito tempo pra postar.

Abraço.

Ricardo disse...

Concordo plenamente com tudo que você disse e considero uma das razões principais, senão a principal, para o emburrecimento do Brasil a dominaçao completa da produção cultura pela esquerda.