“Contenham esse avanço... Façam qualquer coisa, por menor que seja... Mantenham aberta ainda que seja uma só porta dentre cem, pois conquanto que tenhamos pelo menos uma porta aberta, não estaremos numa prisão.”
(G.K.C)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Uma fábula real

Muitos menosprezam as fábulas por serem absurdas, porém é justamente por serem absurdas, que eu acredito nelas, pois o mundo é todo um absurdo. Quando observo, por exemplo, o amor entre um homem e uma mulher, percebo que muitos começam num feliz absurdo, que, de repente, se realiza, como aconteceu na história em que um sapo se transformou em príncipe depois de um beijo. Também, muitos terminam com um absurdo, um terrível absurdo, como na história do desmoronamento de todo um castelo, ao simples estilhaçamento de um amuleto. Porém, a mais excêntrica de todas as fábulas é a do próprio homem, que carrega dentro de si o absurdo dos absurdos, que é sua memória, cuja perenidade desafia todos os tempos, guardando, para o resto da vida, o gosto daquele beijo transformador e a imagem daquele majestoso castelo ainda erguido.

2 comentários:

Anônimo disse...

Fabuleux!!!!!!!!

juliana kramer disse...

Obrigado pela visita, Aline.