Samuel Alexander, um filósofo que viveu em meados do século XIX e início do século XX, dizia que "Contemplação" e "Desfrute" são incompatíveis; não podem existir no mesmo instante, em uma mesma pessoa, sob um mesmo objeto [1].
De acordo com Alexander, você não pode ter esperança e, ao mesmo tempo, pensar na esperança, porque interrompemos o processo de "desfrute" da esperança, quando viramos o olhar para "contemplá-la".
Assim, podemos concluir que a maneira mais segura de estragar um prazer é examinar a sua satisfação, fazer uma introspecção, um "olhar para dentro de si", onde interromperemos o "desfrute" para "contemplá-lo". Quando "contemplamos" um prazer, na verdade ele já se foi e o que vemos são apenas resquícios, sedimentos, restos de uma sensação que só era ela mesma enquanto não pensávamos nela.
O amor só é ele mesmo, quando não procuramos sua razão de ser.
[1] "Contemplação" e "Desfrute" são termos específicos de sua filosofia; não são termos exatamente com o mesmo sentido que tem no dicionário.
De acordo com Alexander, você não pode ter esperança e, ao mesmo tempo, pensar na esperança, porque interrompemos o processo de "desfrute" da esperança, quando viramos o olhar para "contemplá-la".
Assim, podemos concluir que a maneira mais segura de estragar um prazer é examinar a sua satisfação, fazer uma introspecção, um "olhar para dentro de si", onde interromperemos o "desfrute" para "contemplá-lo". Quando "contemplamos" um prazer, na verdade ele já se foi e o que vemos são apenas resquícios, sedimentos, restos de uma sensação que só era ela mesma enquanto não pensávamos nela.
O amor só é ele mesmo, quando não procuramos sua razão de ser.
[1] "Contemplação" e "Desfrute" são termos específicos de sua filosofia; não são termos exatamente com o mesmo sentido que tem no dicionário.
7 comentários:
"Assim, podemos concluir que a maneira mais segura de estragar um prazer é examinar a sua satisfação, fazer uma introspecção, um "olhar para dentro de si", onde interromperemos o "desfrute" para "contemplá-lo". Quando "contemplamos" um prazer, na verdade ele já se foi e o que vemos são apenas resquícios, sedimentos, restos de uma sensação que só era ela mesma enquanto não pensávamos nela."
Perfeito!
Essa reflexão é muito verdadeira.
Bjo
Do que mais gostei? De sua explicação(em caracteres menores) sobre os termos "contemplação" e "desfrute" não terem o mesmo sentido do dicionário! Perspicaz! ahahahah
Pra ninguém fazer confusão, não é, Aline? rs
Abraço.
Muito bom!!!
Obrigado, Jefferson.
Um abraço.
Já havia comentado, mas me lembrei de uma poesia de Fernando Pessoa que talvez soe na mesma toada que as palavras do seu texto:
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência, não pensar...
Fernando Pessoa
Perfeito, Jefferson!
Obrigado pela lembrança.
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