Não sou anti-social, mas, muitas vezes, prefiro ficar em casa a participar de determinadas diversões. Nem toda diversão é divertida para todos.
A maioria das diversões atuais tem como alicerce a fuga de responsabilidades. É comum conceber os fins de semana e feriados como momentos para extravasar. Aquele que não acompanhar o ritmo, torna-se logo motivo de críticas, ironias e chacotas. Se dispenso o convite, porque quero ficar em casa, o que ouço mais comumente é: “Deixa de ser morto!”.
No entanto, “morto” é a única coisa que eu não sou, quando recuso um convite para certas diversões. O homem que está morrendo é justamente aquele que não consegue ficar na “monotonia”, ele tem que estar sempre mudando, porque se “cansa” rapidamente. A criança, que é cheia de vida, passa horas e horas na mesma brincadeira “monótona” de correr em círculos ou de chutar a bola contra a parede. O homem, hoje, cansa de uma festa e, antes mesmo dela terminar, vai pra outra. Quando acorda no outro dia, já tem que ter outra “diversão” marcada, que é pra não ficar em casa na “monotonia”. Este homem, sim, está morrendo. Ele se cansa de tudo e não consegue ficar “quieto” por muito tempo. Ele não consegue ficar sozinho, consigo mesmo, sem ficar angustiado.
Na última sexta-feira um amigo me chamou para sair para um lugar que toca um dos tipos de música que odeio. Após a minha recusa ele disse:
- Cara, tu tem que viver!
Depois, disse um provérbio que foi muito usado nos anos 60:
- Pedra que rola não cria musgo!
Então lembrei-me das palavras de Chesterton, que dizia que “as pedras rolantes fazem barulho ao tocarem as outras pedras; mas elas estão mortas. O musgo é silencioso porque está vivo".
Nesta sexta, diverti-me bastante relendo alguns grifos meus nos livros do Lewis.
A maioria das diversões atuais tem como alicerce a fuga de responsabilidades. É comum conceber os fins de semana e feriados como momentos para extravasar. Aquele que não acompanhar o ritmo, torna-se logo motivo de críticas, ironias e chacotas. Se dispenso o convite, porque quero ficar em casa, o que ouço mais comumente é: “Deixa de ser morto!”.
No entanto, “morto” é a única coisa que eu não sou, quando recuso um convite para certas diversões. O homem que está morrendo é justamente aquele que não consegue ficar na “monotonia”, ele tem que estar sempre mudando, porque se “cansa” rapidamente. A criança, que é cheia de vida, passa horas e horas na mesma brincadeira “monótona” de correr em círculos ou de chutar a bola contra a parede. O homem, hoje, cansa de uma festa e, antes mesmo dela terminar, vai pra outra. Quando acorda no outro dia, já tem que ter outra “diversão” marcada, que é pra não ficar em casa na “monotonia”. Este homem, sim, está morrendo. Ele se cansa de tudo e não consegue ficar “quieto” por muito tempo. Ele não consegue ficar sozinho, consigo mesmo, sem ficar angustiado.
Na última sexta-feira um amigo me chamou para sair para um lugar que toca um dos tipos de música que odeio. Após a minha recusa ele disse:
- Cara, tu tem que viver!
Depois, disse um provérbio que foi muito usado nos anos 60:
- Pedra que rola não cria musgo!
Então lembrei-me das palavras de Chesterton, que dizia que “as pedras rolantes fazem barulho ao tocarem as outras pedras; mas elas estão mortas. O musgo é silencioso porque está vivo".
Nesta sexta, diverti-me bastante relendo alguns grifos meus nos livros do Lewis.
5 comentários:
Parabéns!
"Nesta sexta, diverti-me bastante relendo alguns grifos meus nos livros do Lewis."
Interessante...rsrsrs
E não é brincdeira minha não, para mim, foi muito divertido reler meus grifos no Lewis. Mas, como eu mesmo disse, "Nem toda diversão é divertida para todos".
Ótimo texto... Falou tudo que sempre quis falar!
vc escolhe as postagens que quer "comentar"??!! rsrsrsrs!! brincadeirinha! as vezes o que menos precisamos é de "palavras"! eu sei!
bom, passando prá parabenizá-lo por mais esse texto! sua linha literária... sem comentários, né?!
passei-o (texto) prá minha filha (que deve ter sua idade)!! reflexão é sempre bem vinda! ainda mais aqui em SAMPA onde a vida não para (nova ortografia!!!).
abraço grande, agnon. vc é um presente à nós leitores(as), amantes da "palavra escrita".
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